Colômbia descarta pedir punição contra Venezuela na OEA

Departamento de Estado dos EUA pede diálogo entre os países para amenizar tensão regional

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WASHINGTON - Depois de convocar uma reunião extraordinária no Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA), a Colômbia assumiu que não busca uma punição contra o Governo da Venezuela, mas apenas a cooperação, como informaram fontes oficiais colombianas nesta quarta-feira. Em Washington, o Departamento de Estado americano pediu diálogo entre os dois países.Veja também: link Presidente eleito da Colômbia inicia giro pela América Latina

"O que interessa à Colômbia, mais do que qualquer tipo de punição contra os venezuelanos, é que o Governo da Venezuela coopere, como é a sua obrigação", afirmou o embaixador colombiano na OEA, Luis Alfonso Hoyos, à imprensa local.A reunião tem como objetivo exigir da Venezuela que colabore nas operações contra chefes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e do Exército de Libertação Nacional (ELN) que estariam em território venezuelano.Como requisitado ontem pelo presidente venezuelano, Hugo Chávez, o Governo colombiano disse que apresentará provas recentes da presença dos líderes guerrilheiros no país vizinho, de onde eles teriam comandado operações de sequestro e ataques terroristas.A reunião foi convocada para esta quinta-feira, em Washington, pelo novo presidente do Conselho Permanente da OEA, o embaixador salvadorenho, Joaquín Alexander Mazza Martelli.Martelli assumiu o cargo hoje depois da renúncia de seu colega equatoriano, Francisco Proaño, que não queria se ver obrigado a convocar a reunião, pois queria adiá-la para tentar buscar outras maneiras de se solucionar o problema, como disse o chanceler de seu país, Ricardo Patiño.Segundo Hoyos, o Governo colombiano quer que os Estados-membros da OEA "conheçam claramente a realidade do que tem acontecido nas últimas semanas, dos novos fatos como a presença ativa e consolidada dos chefes do ELN e das Farc na região, e de onde eles estão preparando os ataques contra a Colômbia". Reação dos EUAO departamento de Estado americano assinalou nesta quarta que Washington deseja um diálogo maior entre Venezuela e Colômbia para diminuir a tensão regional. "Certamente apoiamos uma maior interação e cooperação entre Colômbia e Venezuela", disse o porta-voz Phillip Crowley.Com informações da Efe