BOGOTÁ - As autoridades da Colômbia ainda não descartaram nenhuma hipótese sobre os autores do atentado de quinta-feira que afetou edifícios em Bogotá, disse nesta sexta, 13, o promotor-geral interino da capital colombiana, Guillermo Mendonza.
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"É muito difícil lanças hipóteses definitivas. Não podemos concluir nada ainda", disse Mendonza à imprensa local. "Não descartamos nenhuma hipótese. Não dá nem para saber se o atentado tinha a Rádio Caracol como alvo", continuou, referindo-se à emissora cuja sede foi atingida pela explosão de um carro-bomba.
O jornalista Darío Arizmendi, diretor de um programa matutino na Rádio Caracol e que noticiou o atentado ao vivo, denunciou nesta sexta que há três semanas o comando policial que fazia a guarda em frente à sede da emissora foi retirado.
A explosão, não reivindicada por nenhum grupo até o momento, ocorreu por volta das 5h30 locais (7h30 em Brasília), quando o expediente na maioria dos estabelecimentos comerciais ainda não havia começado. Por isso, o atentado não deixou mortos e causou apenas danos superficiais a edifícios próximos.
Segundo o último Balanço do Sistema Distrital de Prevenção e Atenção de Emergências de Bogotá, 808 pessoas foram afetadas pelo ataque, 424 casas e apartamentos registraram danos e 36 pessoas ficaram feridas sem maior gravidade. Além disso, 124 estabelecimentos comerciais e 18 veículos foram danificados.
Segundo analistas, como Jairo Librero, especialista em segurança nacional e professor da Universidade Externado, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e o crime organizado estão por trás do atentado.
O comandante das Forças Armadas da Colômbia, o almirante Edgar Cely, assegurou que os serviços de inteligência vão "descobrir os autores materiais e intelectuais do atentado". Ele também adiantou que as autoridades estão analisando "como deve ser mudado ou reforçado o esquema de combate ao terrorismo".
O presidente colombiano, Juan Manuel Santos culpou genericamente os "terroristas" pela ação. "Querem perturbar, causar medo na população. Não vão conseguir. Pelo contrário, isso nos lembra que não devemos baixar a guarda", disse.