15 de outubro de 2012 | 07h57
Autoridades do governo colombiano, as quais se esperavam que chegassem à Noruega durante o fim de semana, não chegarão até terça-feira devido a "dificuldades logísticas", afirmou uma porta-voz do governo.
Não ficou claro quando as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) chegariam.
As duas partes concordaram em agosto em iniciar negociações nas primeiras duas semanas de outubro, mas já haviam adiado a chegada uma vez, à medida que trabalhavam para repassar todos os detalhes para as conversações, que serão realizadas sob o princípio de que "nada será acordado até que tudo seja acordado".
A Noruega, mediador entre as partes há anos, recuou-se a comentar o atraso e um representante do Ministério de Relações Exteriores afirmou que ambos os envolvidos ainda planejavam comparecer a uma coletiva de imprensa na quarta-feira, seu único evento público no país.
O jornal colombiano El Espectador disse que o novo atraso é resultado de uma mudança tardia no grupo de negociadores das Farc, que gerou preocupações no governo colombiano.
Os rebeldes das Farc incluíram a holandesa Tanja Nijmeijer em sua equipe, uma medida que o governo colombiano recusou a aceitar, porque ela não era uma cidadã colombiana, noticiou o jornal.
Entretanto, os rebeldes argumentaram que os termos do acordo permitiam-lhes escolher livremente os membros de sua equipe.
As negociações de paz já falharam diversas vezes anteriormente.
Espera-se que as conversas em Oslo concentrem-se em estabelecer o terreno para negociações posteriores e depois se espera que as partes envolvidas mudem-se para Havana, em Cuba, para a parte mais substancial das discussões.
(Reportagem de Balazs Koranyi, Anna Valderama e Alister Doyle)
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