24 de agosto de 2010 | 18h24
O governo da Colômbia elogiou nesta terça-feira, 24, a decisão da Venezuela de aumentar a segurança na fronteira comum, e afirmou que ela permitirá reconstruir a confiança entre os dois governos.
A falta de segurança e a suposta infiltração de guerrilheiros colombianos no território da Venezuela causaram várias crises bilaterais nos últimos anos, afetando também o comércio.
"O governo da Colômbia quer registrar, com satisfação, o anúncio feito pelo senhor ministro de Defesa da República Bolivariana da Venezuela sobre a mobilização e o reforço de unidades militares, da Guarda Nacional e também de unidades de inteligência na zona fronteiriça com a Colômbia", disse o ministro da Defesa, Rodrigo Rivera.
Na semana passada, o ministro integrou a delegação que viajou a Caracas para restabelecer plenamente as relações comerciais e diplomáticas entre os dois países, rompidas desde julho, quando o então presidente colombiano, Alvaro Uribe, acusou a Venezuela de dar refúgio aos guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e do Exército de Libertação Nacional (ELN).
Logo depois de substituir Uribe, o novo presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, acertou com seu colega venezuelano, Hugo Chávez, o reatamento das relações. Rivera disse que, como parte dessa reaproximação, haverá a instalação de uma linha de comunicação direta dele com seu homólogo venezuelano.
Rivera disse também que comandantes militares e policiais dos dois países devem se reunir em breve.
Na região de fronteira há presença de guerrilheiros, esquadrões paramilitares de direita, narcotraficantes, ladrões de veículos e contrabandistas de combustível, segundo fontes de segurança.
(Reportagem de Luis Jaime Acosta)
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.