BOGOTÁ - O Ministério de Relações Exteriores da Colômbia confirmou nesta terça-feira, 27, que enviará um delegado à reunião de chanceleres da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) convocada pelo Equador para a quinta-feira para analisar a crise com a Venezuela, mas insiste em passar das "discussões" às "soluções".
"A Colômbia se fará presente na reunião de chanceleres convocada para esta quinta-feira", informou o Ministério de Exteriores em comunicado, no qual não esclarece se será o chanceler, Jaime Bermúdez, ou outra pessoa que representará o país no encontro.
O governo da Colômbia "está pronto para continuar o debate sobre as preocupações expressadas" na semana passada perante o Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA), onde mostrou vídeos, fotos e documentos que, na sua opinião, provam a presença de chefes guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e do Exército de Libertação Nacional na Venezuela (ELN).
As denúncias desataram uma crise entre Bogotá e Caracas e levaram o presidente venezuelano, Hugo Chávez, a romper as relações diplomáticas com a Colômbia, congeladas há mais de um ano, e a colocar as tropas da fronteira em alerta.
Segundo o comunicado da chancelaria, a Colômbia "considera que, mais que continuar com as discussões, é preciso passar às soluções". "A maior contribuição à situação atual das relações com a Venezuela consiste na definição de um mecanismo concreto para solucionar os temas de fundo", que para a Colômbia são as denúncias que chefes guerrilheiros se escondem no país vizinho, explica o comunicado.
A reunião em Quito foi convocada pelo Equador, atual ocupante da presidência rotativa da Unasul. O chanceler venezuelano, Nicolás Maduro, atualmente realiza uma viagem por toda a América do Sul para explicar a tensão e a posição de seu país antes da reunião.