Colômbia quer acordos de cooperação militar com sul-americanos

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O presidente da Colômbia, Alvaro Uribe, disse nesta sexta-feira que desejaria manter acordos de cooperação militar com países da América do Sul, semelhantes ao que espera firmar em breve com os Estados Unidos, para combater o narcotráfico e o terrorismo. O polêmico acordo, com o qual os Estados Unidos poderão usar até sete bases militares no país andino e que pode ser concluído ainda neste fim de semana, provocou uma onda de protestos na região, liderada pela Venezuela. "Queremos que o acordo com os Estados Unidos se projete ao resto do continente", disse Uribe na sessão de encerramento da 65a assembleia anual da Associação Nacional de Empresários da Colômbia (Andi). "Queremos tê-lo com o Brasil e com o continente americano (...). Não penso que seja incompatível este acordo com os Estados Unidos com a necessidade de ter um acordo contra o terrorismo com os demais países" da região, acrescentou. Os Estados Unidos têm apoiado o combate ao narcotráfico e aos grupos guerrilheiros de esquerda com mais de 5 bilhões de dólares em ajuda à Colômbia na última década. Washington e Bogotá esforçam-se em afirmar que a ampliação do acordo de cooperação militar entre os dois países não prevê o uso de tropas ou a instalação de plataformas com potencial para atacar os países vizinhos. Uribe, que se negou a responder às duras críticas dos presidentes da Venezuela, Hugo Chávez, e do Equador, Rafael Correa, disse que deseja recompor as relações com seus "irmãos" e derrotar o "terrorismo" dos grupos guerrilheiros colombianos.

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