
19 de outubro de 2009 | 20h26
O chefe da Unidade de Justiça e Paz da Promotoria, Luis González, disse que o total de 27.384 pessoas desaparecidas a força e assassinadas foi registrado durante três anos de viagens pelo país enquanto recebia denúncias, muitas admitidas por guerrilheiros e paramilitares.
O número supera as mais de 3 mil denúncias de desaparecimentos no Chile durante a ditadura militar e chega perto dos 30 mil casos de pessoas sequestradas, torturadas e assassinadas na Argentina durante sua última ditadura, segundo denúncias de organismos de direitos humanos.
González disse à rádio Caracol que a maioria dos casos, cerca de 75 por cento, é atribuída pelas famílias das vítimas aos esquadrões paramilitares de ultradireita e os demais às guerrilhas das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e do Exército da Libertação Nacional (ELN).
De acordo com funcionários judiciais da Colômbia, os integrantes de grupos armados que não confessarem os desaparecimentos forçados e os assassinatos poderão ser investigados e castigados pela Corte Penal Internacional a partir de 1o de novembro, quando vence a prorrogação de sete anos que o país pediu ao tribunal.
O funcionário sustentou que a maior parte das pessoas desaparecidas e assassinadas na Colômbia era camponeses humildes dedicados à atividade agrícola, à pecuária ou ao comércio.
(Reportagem de Luis Jaime Acosta)
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