26 de agosto de 2010 | 12h41
CIDADE DO MÉXICO - Diplomatas do Brasil, Honduras, Equador e El Salvador chegarão nesta quinta-feira, 26, ao Estado mexicano de Tamaulipas para identificar os 72 imigrantes mortos em uma chacina, segundo a rede de TV americana CNN. Eles são esperados em San Fernando, onde os corpos foram encontrados em uma vala. Segundo o Itamaraty, quatro das vítimas são brasileiras.
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A polícia acredita que os imigrantes foram mortos por traficantes do cartel Los Zetas após se negarem a trabalhar como matadores de aluguel para os criminosos. A única testemunha do crime é o equatoriano Luis Freddy Lala Pomavilla, que sobreviveu à chacina e entrou em contato com as autoridades.
"Isto é gravíssimo e lamentável, mas a embaixada e os consulados se mobilizaram imediatamente", disse o chanceler equatoriano Ricardo Patiño, segundo a AFP.
Após reunião com seu colega equatoriano, a ministra das Relações Exteriores do México, Patricia Espinosa, repudiou a chacina. "Quero expressar meu mais enérgico repúdio a estes atos criminosos covardes e violentos. Isto enluta não só as famílias das vítimas, mas todos os governos da América Latina", disse.
Desde 2006, a violência relacionada ao tráfico de drogas no México deixou mais de 28 mil mortos, a maioria na área fronteiriça com os EUA. O governo destacou 50 mil militares para combater os traficantes.
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