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Comissão denuncia desaparecimento de quatro jornalistas no México

Repórteres foram sequestrados pelo narcotráfico para que meios divulguem vídeo de corrupção policial

Por Efe
Atualização:

CIDADE DO MÉXICO- A Comissão Nacional dos Direitos Humanos do México (CNDH) denunciou nesta terça-feira, 27, o desaparecimento de quatro jornalistas na região de La Laguna, no norte do México, e exigiu que as autoridades apliquem medidas que permitam localizá-los.

 

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A fonte disse em um comunicado que os quatro repórteres desaparecem ontem na região de La Laguna, que compreende zonas dos estados de Coahuila e Durango.

 

Trata-se de um repórter do Multimedios, dois câmeras do canal Televisa, da cidade de Gómez Palácio (Durango) e um repórter do jornal El Vespertino, da mesma localidade, disse a CNDH, que não mencionou os nomes dos jornalistas.

 

Os três primeiros foram sequestrados pelo crime organizado por volta do meio dia de ontem e o outro às 11 da noite, de acordo com a comissão.

 

Versões da imprensa afirmam que os sequestradores exigiram, em troca da liberdade dos jornalistas, que meios locais reproduzissem vídeos de supostos agentes federais que confessam trabalhar para o cartel de drogas Los Zetas.

 

Além dos quatro jornalistas mencionados pela CNDH, foi informado pela imprensa local que há mais um repórter que foi sequestrado horas depois, mas a informação não foi confirmada.

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De acordo com a organização, 64 jornalistas foram assassinados no México desde 2000, e 11 estão reportados como desaparecidos de 2006 a 2010.

 

Outras fontes, como a Fundalex, afirmam que são 10 os comunicadores mortos de forma violenta neste ano e mais de 70 na última década.

 

Os estados de Coauhila e Durango sofrem com a guerra entre o cartel Los Zetas e seus antes aliados do cartel do Golfo, que recebem apoio de outros grupos de narcotraficantes.

 

Desde que o presidente Felipe Calderón assumiu o poder em 2006 e declarou guerra contra o narcotráfico, mais de 25.000 pessoas morreram pelas mãos do crime organizado.

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