19 de maio de 2009 | 19h21
O popular presidente, considerado por um amplo setor como insubstituível por sua ofensiva militar contra a guerrilha esquerdista e o narcotráfico, foi eleito em 2002 e novamente em 2006 depois de uma mudança na Constituição para permitir sua reeleição.
O referendo aprovado pelo plenário do Senado com 62 votos no último de quatro debates irá a uma comissão de conciliação na Câmara de Representantes e depois deverá ser enviado à Corte Constitucional para que seja avalizado ou reprovado.
Se o tribunal autorizar, o presidente deve sancionar a respectiva lei e convocar um referendo.
Cerca de 7,5 milhões de pessoas, ou 25 por cento do total de eleitores habilitados, deverão comparecer às urnas para votar.
A iniciativa foi aprovada apesar da oposição do Partido Liberal e do Polo Democrático Alternativo, que classificam o referendo como um caminho a uma ditadura e à concentração de poder em Uribe ao eliminar os sistemas de controle e contra-peso ao governo.
O projeto de referendo, apoiado por mais de 4 milhões de assinaturas, avançou apesar de nos debates anteriores, na Câmara, ter sido aprovado somente a partir de 2014, por um erro de redação.
Uribe conta com o favoritismo de empresários e de Wall Street por suas políticas de livre mercado, mas não disse com clareza se está interessado em buscar sua segunda reeleição.
O presidente sustenta sua alta popularidade em uma política de segurança que obrigou a guerrilha a se refugiar em zonas montanhosas e de selva, enquanto conseguiu reduzir os assassinatos, massacres, sequestros e ataques dos grupos armados ilegais que intervêm em um conflito interno de mais de quatro décadas.
(Reportagem de Luis Jaime Acosta)
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