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Correa declara vitória nas eleições presidenciais no Equador

Boca-de-urna aponta que presidente se reelegeu em 1º turno com folga, com cerca de 55% dos votos

Por Agências internacionais
Atualização:

O presidente equatoriano, Rafael Correa, declarou-se vencedor das eleições realizadas neste domingo, 26, no país afirmando que sua "revolução cidadã" fez história ao alcançar a reeleição inédita em primeiro turno, conquistando um novo mandato de quatro anos. Segundo as primeiras pesquisas de boca-de-urna divulgadas, Correa venceu com folga, conquistando entre 54% e 56% dos votos.

 

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Um pesquisa do instituto Santiago Perez Investigacion y Estúdios divulgado ao término da eleição neste domingo mostrou Correa com maioria de 54%, suficiente para uma vitória no primeiro turno. O mesmo porcentual é apontado por pesquisa do governo. Segundo o instituto Cedatos-Gallup International, Correa obteve 55,2% dos votos. Bem atrás em todas as pesquisa ficou o ex-presidente Lúcio Gutierrez. Ele aparece com 31% dos votos na boca-de-urna do instituto Santiago Perez, com 27,7% no Cedastos e 29% nas pesquisas do governo.

 

Com esse resultado, Correa evita um eventual segundo turno. A lei eleitoral equatoriana diz que um candidato presidencial pode obter o cargo no primeiro turno caso obtenha a metade dos votos válidos mais um ou então com 40% do eleitorado a seu favor, mas com uma diferença de dez pontos percentuais sobre o segundo colocado.

 

Convocada após a aprovação da nova Constituição, a votação renovará todos os cargos eletivos do Equador. Segundo a BBC, há uma grande expectativa neste domingo sobre se Correa e seu partido, o Aliança País, conseguirão a maioria das 124 cadeiras do novo Parlamento. Se conquistar a maioria legislativa, Correa abrirá caminho para implementar as mudanças previstas na nova Constituição, que, entre outros aspectos, prevê a ampliação do poder do Estado em setores da economia considerados estratégicos.

 

Em Guayaquil, sua cidade natal, Correa comemorou o triunfo. "Nós nunca vamos enganá-lo, povo equatoriano. É por isso que recebemos um imenso apoio", disse Correa, emocionado. "Fizemos história num país em que, de 1996 a 2006, nenhum governo terminou seu mandato. E hoje temos uma vitória já no primeiro turno". "Isso é a democracia formal. Falta-nos agora construir uma democracia real, com base na justiça, na equidade e na dignidade", disse Correa.

 

 Os colégios eleitorais equatorianos fecharam às 17h locais (19h de Brasília) após eleições gerais às quais mais de 10 milhões de cidadãos foram convocados. O dia transcorreu sem maiores incidentes, salvo alguns atrasos na abertura dos colégios eleitorais no começo da manhã.

 

Correa, socialista de estilo próprio, iniciou um mandato de quatro anos em janeiro de 2007. Uma nova Constituição aprovada no ano passado, no entanto, permitiu novas eleições gerais. A nova Constituição também permitirá que Correa busque outro mandato de quatro anos em 2013. Se reeleito, Correa se consolidará como o líder mais forte que o Equador teve em seus 30 anos de democracia. Embora os indicadores econômicos tenham se deteriorado com a crise internacional, o investimento pesado de seu governo em programas sociais assegurou-lhe um alto apoio entre a população.

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