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Correa estuda acionar Unasul por crise entre Colômbia e Venezuela

Presidente equatoriano pode convocar líderes sul-americanos por soluções para o impasse

Por Efe
Atualização:

QUITO - O presidente do Equador, Rafael Correa, que também preside temporariamente a União da Nações Sul-americanas (Unasul), disse na quinta-feira, 22, que poderia convocar os líderes da região para analisar a crise diplomática estabelecida entre Venezuela e Colômbia durante a semana.

 

Em um comunicado divulgado pelo gabinete do governo, Correa lamentou o rompimento das relações diplomáticas entre Caracas e Bogotá e destacou que o governo venezuelano solicitou na quinta-feira a realização de uma reunião extraordinária de chanceleres sul-americanos A petição, com caráter "de emergência", pretende "denunciar as graves agressões" da Colômbia à Venezuela, segundo sinaliza o comunicado enviado pelo Ministério de Relações Exteriores da Venezuela ao Equador. Correa diz que, como presidente temporário da Unasul, deve utilizar os melhores caminhos para tentar resolver o conflito entre os dois países. "Isso terá de ser feito o mais rápido possível e podemos, obviamente neste espaço, atender a solicitação do presidente venezuelano (Hugo Chávez) para reunirmos os líderes da região e tentar encontrar uma forma de mediar e resolver este conflito", disse Correa. Por outro lado, o líder equatoriano acusou o secretário da Organização dos Estados Americanos (OEA), o chileno José Miguel Insulza, por não evitar o conflito diplomático. Horas antes, o ministro das Relações Exteriores equatoriano Ricardo Patiño, em uma conferência de imprensa, atacou Insulza, e também o responsabilizou pela crise. "Não se deve tratar de forma irresponsável um assunto que poderia pôr em risco a manutenção da paz na região", afirmou Patiño, que criticou o fato de Insulza ter usado o regulamento da OEA para não adiar a reunião, antes de fazer consultas aos países-membros.Patiño assegurou que o Equador pediu "insistentemente" ao secretário-geral para que adiasse a reunião, na qual a Colômbia apresentou documentos que comprovariam a presença de guerrilheiros em território venezuelano. "Entre segunda-feira e terça-feira liguei mais de três ou quatro vezes para adverti-lo", declarou o chanceler.

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