07 de abril de 2010 | 18h55
Ela afirmou que as medidas serão permanentes e permitirão uma grande economia de energia, para que se evitem os recentes apagões que afetaram bairros inteiros, prejudicando também o abastecimento de água.
"Já está sendo implementado, mas a ideia é que seja algo permanente (...). O decreto estabelecerá mecanismos para controlar e monitorar (o consumo), e medidas que nos possam ajudar a economizar", disse Canese a jornalistas.
O Paraguai é sócio do Brasil na hidrelétrica de Itaipu, e da Argentina na usina de Yaciretá, o que não impediu que ocorressem frequentes cortes no abastecimento elétrico durante os meses de fevereiro e março, quando o forte calor levou o consumo interno a níveis recordes.
Em fevereiro, a empresa estatal de eletricidade declarou situação de emergência, para poder acelerar a renovação das suas redes de transmissão e adotar medidas paliativas durante as obras de modernização do sistema, o que levará pelo menos três anos.
Entre as medidas tomadas, e que agora serão ampliadas para o ano inteiro, está a redução do consumo a um mínimo fora do horário de expediente, a adoção de lâmpadas de baixo consumo e um limite para o uso de luzes ornamentais em edifícios emblemáticos, como o palácio do governo.
"Temos energia abundante, mas infelizmente não temos a infraestrutura para fazer chegar essa energia à população (...). Critérios de uso inteligente são parte do processo que nos vai levar a que não tenhamos mais esse problema", acrescentou a vice-ministra.
De acordo com ela, prosseguem os estudos para o início da instalação de uma rede de transmissão de 500 quilovolts a partir de Itaipu, que será financiada pelo Brasil.
(Reportagem de Mariel Cristaldo)
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