Cristina Kirchner inicia campanha presidencial na Argentina

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Por CÉSAR ILLIANO
Atualização:

Cristina Fernández de Kirchner lançou na quinta-feira sua candidatura a presidente da Argentina, iniciando uma frenética corrida de 90 dias em que tentará se valer da elevada popularidade do seu marido, o presidente Néstor Kirchner, enquanto a oposição tentará forçar um segundo turno, que hoje parece muito distante. A senadora, que lidera folgadamente as pesquisas, se apresentou em um teatro da sua cidade natal, La Plata, diante de um gigantesco cartaz com a frase "Cristina, a mudança acaba de começar", e sob o olhar atento do marido. Com a presença de todo o ministério dele, além de líderes sindicais, Avós e Mães da Praça de Maio e centenas de políticos de todo o país, a senadora apareceu no palco depois que um telão passou imagens da sua carreira política. Após ser apresentada como "a futura presidente dos argentinos", usando um elegante terno branco, Cristina começou seu discurso emocionada, dizendo que está pronta para "aprofundar o rumo" dado por seu marido no governo. Desde a chegada de Kirchner ao poder, em 2003, a economia argentina mostra um forte crescimento, sustentado por uma taxa de câmbio competitiva, o que permitiu ao governo consolidar um superávit fiscal e comercial e acumular reservas internacionais. "Estas condições macro-econômicas não podem ser somente de um governo ou de um presidente de plantão. Têm de ser patrimônio de todos os argentinos e têm de ser institucionalizadas", disse a candidata governista. "Espero que não sintam muita saudade dele", ironizou pouco depois, olhando para Kirchner durante um trecho do discurso em que o elogiou. Segundo as pesquisas, a senadora é favorita no primeiro turno de 28 de outubro, já que tem intenção de voto próxima de 45 por cento, contra menos de 15 por cento dos seus principais adversários. A lei argentina prevê que, para evitar o segundo turno, o candidato precisa ter mais de 45 por cento dos votos, ou simplesmente mais de 40, desde que com diferença superior a 10 pontos percentuais sobre o segundo colocado.

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