28 de junho.- Zelaya, detido pelo Exército em sua casa e expulso para a Costa Rica, é substituído por Roberto Micheletti, que assume a Presidência.
29 de junho.- ONU condena de forma unânime o golpe de Estado.
30 de junho.- Zelaya anuncia iminente retorno a Tegucigalpa, enquanto Micheletti adverte que caso isso aconteça deterá o líder deposto.
1 de julho.- Organização dos Estados Americanos (OEA) dá um prazo de 72 horas a Honduras para que restitua Zelaya no poder.
Parlamento hondurenho restringe as garantias constitucionais de liberdade pessoal, associação, circulação e tempo de detenção.
3 de julho.- Secretário-geral da OEA, José Miguel Insulza, viaja para Tegucigalpa e adverte sobre a "grande tensão" vivida no país.
Governo golpista denuncia a Carta da OEA, o que envolve o não reconhecimento da aplicação das normas e da jurisdição desse organismo.
4 de julho.- Assembleia Geral da OEA suspende por unanimidade a participação de Honduras no organismo após o vencimento do ultimato dado ao Governo interino.
5 de julho.- Zelaya parte de Washington para Honduras em um avião venezuelano, mas não consegue aterrissar em Tegucigalpa.
7 de julho.- Zelaya se reúne com a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, em Washington, onde é acordado o início de negociações sob a mediação do presidente da Costa Rica e Prêmio Nobel da Paz em 1987, Oscar Arias. Além disso, EUA suspendem ajuda econômica a Honduras.
9 de julho.- Começa o diálogo de San José na capital da Costa Rica com delegações de Zelaya e Micheletti.
18 de julho.- Arias apresenta um plano de sete pontos, entre eles a restituição de Zelaya como presidente até janeiro, que é rejeitado pelo Governo golpista.
22 de julho.- Presidente da Costa Rica apresenta nova proposta para salvar o processo de diálogo, que compreende a formação de um Governo de unidade por Zelaya e uma anistia política.
24 de julho.- Líder deposto chega à fronteira entre Nicarágua e Honduras e permanece duas horas em uma zona neutra. Ao não conseguir entrar em seu país, volta para o lado nicaraguense.
26 de julho.- Zelaya anuncia que se instalaria indefinidamente na fronteira da Nicarágua com Honduras para organizar uma "resistência pacífica" e, assim, retornar ao país.
28 de julho.- EUA revogam os vistos diplomáticos de quatro altos funcionários hondurenhos por seu apoio ao golpe.
31 de julho.- Governo hondurenho acaba com o toque de recolher de várias horas que mantinha praticamente ininterruptamente desde o golpe, com a exceção da zona fronteiriça com a Nicarágua.
Tribunal de Tegucigalpa ordena a detenção de Zelaya por falsificação de documentos e outros crimes.
3 de agosto.- Zelaya abandona definitivamente a fronteira entre Nicarágua e Honduras.
4 de agosto.- Líder deposto é recebido no México com honras de chefe de Estado, algo que depois se repete em Brasil, Chile e Peru.
11 de agosto.- Milhares de seguidores de Zelaya se concentram em Tegucigalpa, onde acontecem distúrbios e enfrentamentos com a Polícia, e em San Pedro Sula, para exigir sua restituição.
21 de agosto.- Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) denuncia o "uso desproporcional da força" pela Polícia e o Exército hondurenhos.
24 de agosto.- Missão de chanceleres da OEA, com Insulza como observador, chega a Honduras para buscar uma solução à crise política, em uma iniciativa que se mostra infrutífera.
25 de agosto.- Governo dos EUA anuncia suspensão da emissão de vistos para hondurenhos não imigrantes e casos que não sejam de emergência.
31 de agosto.- Começa a campanha para as eleições gerais de 29 de novembro em Honduras.
1 de setembro.- Países-membros da OEA anunciam que não reconhecerão os resultados do pleito hondurenho.
2 de setembro.- Arias rejeita três contrapropostas ao acordo estipulado em San José apresentadas pelo Governo Micheletti.
3 de setembro.- EUA ampliam as sanções contra Honduras e anunciam que não reconhecerão o vencedor das eleições.
12 de setembro.- Governo dos EUA cancela o visto de Micheletti, de seu chanceler, Carlos López, e de 14 juízes da Suprema Corte de Justiça hondurenha.
16 de setembro.- Candidatos à Presidência de Honduras se reúnem em San José com Oscar Arias para dar seu "apoio" ao plano de resolução da crise.
21 de setembro.- Zelaya anuncia que está em Tegucigalpa, na embaixada brasileira