
28 de setembro de 2011 | 21h36
Obama afirmou que não quer ficar "preso à mentalidade da Guerra Fria" e que Washington tem buscado melhorar os laços, mudando as regras relacionadas às remessas e às viagens, mas espera por sinais de Cuba, como a libertação de prisioneiros políticos e garantias aos direitos humanos fundamentais.
Ele pediu que a ilha do Caribe, sob embargo há cinco décadas, una-se à onda de mudança democrática que varre o mundo árabe e que derrubou boa parte dos governantes autoritários da América Latina nas últimas décadas.
"Chegou a hora para que a mesma coisa aconteça em Cuba", disse Obama em uma sessão de perguntas e respostas com a mídia hispânica dos EUA. "Se virmos um movimento positivo, responderemos de forma positiva."
Em Brasília, o chanceler cubano, Bruno Rodríguez, disse nesta quarta-feira a repórteres que as afirmações de Obama são "antigas e repetitivas."
Rodríguez afirmou que Cuba mantém seu compromisso de normalizar as relações com os EUA, mas que Washington não respondeu aos esforços cubanos de cooperação no combate ao narcotráfico, terrorismo e desastres naturais.
"Há sempre um abismo entre o discurso do presidente Obama e a realidade", disse Rodríguez.
O ex-líder cubano Fidel Castro acusou Obama na segunda-feira de fazer um discurso confuso na Organização das Nações Unidas (ONU) e disse que as ações da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) na Líbia eram um "crime monstruoso."
(Reportagem de Matt Spetalnick, em Washington; e de Hugo Bachega, em Brasília)
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