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Cubano em greve de fome rejeita oferta de ajuda médica da UE

Guillermo Fariñas continuará com jejum e só aceitará oferta espanhola caso Cuba o recuse assistência médica

Atualização:

O dissidente cubano Guillermo Fariñas recusou nesta terça-feira, 9, uma oferta espanhola de ser acolhido no país feita por diplomatas da nação europeia a pedido de Cuba.

 

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"Ontem ao meio dia o conselheiro político Carlos Pérez-Desoy aqui em minha casa e me disse que o governo cubano pediu à Espanha que me acolha", disse Fariñas nesta segunda em uma entrevista por telefone à AP de sua casa, em Santa Clara, a 300 km de Havana.

 

O jornalista e psicólogo de 48 anos afirmou que havia rechaçado a oferta e seguiria "até as últimas consequências" com sua decisão de continuar sua greve de fome.

 

Fariñas começou seu jejum em 24 de fevereiro em homenagem ao opositor Orlando Zapata, que morreu também em greve de fome para exigir ao govern cubano a liberação de vinte presos políticos.

 

O conselheiro político da Embaixada da Espanha confirmou à AP que visitou o jornalista e o fez a proposta de acolhimento, e também disse que o dissidente a recusou.

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O diplomata, contudo, declarou que o dissidente aceitaria a proposta caso Cuba o negasse assistência médica, mas somente para continuar com seu jejum na Espanha. A Espanha, no entanto, está disposta a receber Fariñas caso ele mude de ideia.

 

O dissidente já fez 23 greves de fome desde 1995 e foi brevemente hospitalizado na semana passada devido a um desmaio, mas os médicos recusaram interná-lo em uma unidade de terapia intensiva, já que a solução não estava nas mãos deles, mas sim nas do paciente: comer. Fariñas foi hidratado via intravenosa e retornou a sua casa para continuar seu jejum.

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