Dean enfraquece e reduz para categoria 3 no México

Furacão atinge península mexícana nesta terça-feira após matar pelo menos 12 pessoas ao passar pelo Caribe

PUBLICIDADE

Por Agências internacionais
Atualização:

Após atingir a Península de Yucatán, no México, com ventos de 255 km/h e fortes tempestades, o furacão Dean enfraqueceu na manhã desta terça-feira, 21, para a categoria 3, de acordo com informações do Centro Nacional de Furacões (NHC, sigla em inglês), divulgadas pela Associated Press. Veja também:Furacão Dean chega ao México com intensidade máximaDean provoca retirada de 18 mil trabalhadores no MéxicoO rastro do furacão Dean  O olho do furacão atingiu o México nas proximidades de Majahual, um porto popular entre cruzeiros turísticos, a cerca de 65 quilômetros de Chetumal e da fronteira com Belize, informou o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos. Segundo meteorologistas, a previsão é de que o furacão siga agora pelo Golfo do México, provavelmente atingindo modernas instalações petrolíferas. Os ventos do Dean alcançavam 201 quilômetros por hora por volta das 9h locais desta terça (8h em Brasília). O furacão tocou o solo mexicano na madrugada. Apesar de ter perdido um pouco de sua força, especialistas prevêem que o Dean atravessará a Península de Yucatán e retornará ao mar ainda como um furacão. A tendência é de que a tempestade volte a ganhar força quando seu olho entrar em contato com as águas quentes do Golfo do México. A área atingida pelo Dean abriga ruínas históricas de antigas comunidades maias. Segundo meteorologistas, a previsão é de que o furacão siga agora pelo Golfo do México, provavelmente atingindo modernas instalações petrolíferas. O furacão já provocou a morte de pelo menos 12 pessoas durante sua passagem pelo Caribe. O fenômeno ganhou força depois de passar próximo da Jamaica e das Ilhas Cayman entre o domingo e a segunda-feira, transformando-se num furacão de categoria 5. Segundo a BBC, autoridades mexicanas evacuaram hotéis e pousadas do litoral e desativaram as operações em plataformas petrolíferas na costa do país devido à aproximação do Furacão Dean. Ondas causadas pelo furacão podem alagar comunidades costeiras. Além da Península de Yucatán, Belize, Guatemala e o norte de Honduras devem ser atingidos por fortes chuvas, inundações e deslizamentos de terra. Andrea Montalvo, da Rede Telemundo de televisão, disse que o furacão estava causando destruição na cidade mexicana de Chetumal. "Dentro do hotel, a situação é muito difícil. A cada 10 ou 15 minutos você ouve as janelas se quebrando e as pessoas deixando seus quartos em pânico", disse ela. "Algumas pessoas foram levadas para escolas em pontos mais altos da cidade, mas se aqui neste hotel, que é bastante sólido, as coisas estão assim, nem quero imaginar qual é a situação por lá." Montalvo disse que os abrigos em Chetumal e nas áreas próximas não pareciam bem preparados para a tempestade e não tinham estoques de comida ou água. Mais ao sul, na Cidade de Belize, o governo fechou os hospitais e pediu que a população se dirigisse ao interior, alegando que os abrigos não eram fortes o suficiente para enfrentar o furacão. Caos O presidente mexicano, Felipe Calderón, que participa de um encontro da a Área de Livre Comércio da América do Norte (Nafta) no Canadá, anunciou que vai antecipar sua volta ao México. "Decidi suspender minha visita oficial ao Canadá e coordenar pessoalmente as ações de proteção à população em caso de desastre", disse Calderón. Policiais foram enviados para evitar saques. Alguns moradores prepararam suas residências para eventuais choques. A Petroleros de México, estatal petrolífera do país, evacuou os mais de 14 mil trabalhadores das suas operações em plataformas na costa. A passagem do furacão já deixou pelo menos 12 pessoas mortas no leste do Caribe. Na Jamaica, o Dean arrancou árvores e telhados de casas e destruiu linhas de transmissão. A primeira-ministra, Portia Simpson-Miller, declarou estado de emergência por um mês. Os efeitos do furacão poderão comprometer até a realização das eleições gerais na Jamaica, previstas para 27 de agosto. Matéria ampliada às 11h40.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.