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Defesa de Fujimori pede adiamento de julgamento

Ex-presidente peruano é acusado em dois casos de violação aos direitos humanos

Atualização:

A defesa de Alberto Fujimori pediu neste sábado à Corte Suprema de Justiça do Peru o adiamento do início do julgamento do ex-presidente por dois casos de violação aos direitos humanos, previsto para 26 de novembro.   "No dia de hoje foi formulado este pedido invocando um direito que é reconhecido a todo acusado pelo Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos e pelo Pacto de San José da Costa Rica, que é, ao mesmo tempo, o direito adequado para preparar a defesa", disse o advogado de Fujimori, César Nakazaki.   O advogado disse que a solicitação se baseia na demora do promotor supremo, José Peláez, em adequar "a acusação à sentença de extradição", ao lembrar que nesta quarta-feira apresentou seus documentos à instância que julgará o ex-governante peruano (1990-2000).   Além de restar poucos dias para preparar a defesa, a segunda acusação faz "mudanças substanciais a respeito da primeira", afirmou Nakazaki.   "Na primeira acusação foram apresentadas apenas seis provas, que eram as seis testemunhas que tínhamos de enfrentar. Nesta nova acusação há 48 testemunhas, dez perícias e três documentos. Então, há modificações substanciais que exigem uma preparação um pouco maior", especificou.   Nakazaki indicou que espera que a Sala Penal Especial estipule um prazo maior para o início do julgamento, ao confiar que ele "pode começar na primeira ou segunda semana de janeiro".   O início do julgamento estava previsto para 26 de novembro. Fujimori é acusado em dois casos de violação aos direitos humanos, que incluem o massacre de 25 pessoas na região de Barrios Altos (1991) e na Universidade La Cantuta (1992).   Esse processo também inclui os seqüestros, em 1992, do jornalista Gustavo Gorriti e do empresário Samuel Dyer, no caso denominado "Porões do Serviço de Inteligência do Exército (SIE)".

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