A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, afirmou nesta terça-feira, 22, que a entrada do presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, na embaixada do Brasil em Tegucigalpa não significa que o governo brasileiro tenha dado incentivo para o gesto.
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"O fato de ele ter entrado não significa em nenhum momento que o Brasil incentivou, adotou, deu cobertura ou nada disso, simplesmente respeitou", afirmou a ministra a jornalistas. "Isso são direitos humanos elementares", acrescentou.
Segundo a ministra, o Brasil não está interferindo em questão interna de Honduras. "Essa regra do asilo é uma regra da civilização, não é uma regra da incivilidade, da barbárie. Nós não estamos interferindo", destacou.
Dilma justificou o gesto de Zelaya recuperando a resistência de militantes de esquerda na época da ditadura brasileira (1964-1985). "Quantos de nós não fizemos isso no passado?", questionou.
Zelaya, deposto e expulso de Honduras em junho, retornou a seu país e desde segunda-feira está na embaixada brasileira na capital hondurenha.