Diplomata nega que húngaro detido na Bolívia seja terrorista

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Por DIEGO ORÉ
Atualização:

Um enviado diplomático da Hungria disse nesta quinta-feira em La Paz que o cidadão de seu país detido na Bolívia por um suposto complô para assassinar o presidente, Evo Morales, está longe de ser um terrorista e merece uma defesa justa. O diplomata Matyás Jozsa, que chegou na quarta-feira a La Paz, conversou com Elot Toazo, detido há quase uma semana em regime de isolamento na principal cadeia do país. Segundo o governo de Morales, o acusado pertence a um grupo de "terroristas". "Já esteve em diferentes lugares quentes do mundo e até na Guerra do Iraque e se tem que investigar. Este senhor para mim está longe de ser um terrorista, é um jovem de 29 anos que cometeu erros", disse Jozsa. "Quando o convidaram para vir aqui, oferecendo-o pagar uma coisa ou outra, não sabia do que iria participar", acrescentou. O suposto comando "terrorista", que de acordo com o governo planejava assassinar Morales, foi desarticulado na semana passada na cidade de Santa Cruz em uma operação policial na qual morreram o boliviano-húngaro Eduardo Rozsa Flores, o romeno-húngaro Arpad Magyarosi e o irlandês Michael Dwyer. Outros dois membros do grupo, o húngaro-croata Elot Toazo e o boliviano Mario Tadic, foram detidos na mesma operação, descrita como "enfrentamento" pelo governo e denunciada como "execução" por setores da oposição. Durante a operação, foram confiscados rifles de francoatiradores, armas de alto calibre e outros explosivos em um edifício próximo. O caso chamou a atenção mundial e governos da Irlanda, Hungria e Croácia exigiram explicações.

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