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Efeitos de suspensão de acordo com os EUA são 'mínimos', diz Santos

Segundo presidente colombiano, decisão da Justiça não afeta ajuda de Washington ao país

Por Reuters
Atualização:

BOGOTÁ- O presidente colombiano Juan Manuel Santos afirmou nesta quarta-feira, 18, que a decisão judicial contra um acordo militar entre seu país e os Estados Unidos tem consequências "nulas ou mínimas" na ajuda de Washington a Bogotá.

 

 

A Corte Constitucional suspendeu na noite de terça um convênio militar entre os dois países firmado em 2009, sob o qual militares americanos foram autorizados a usar sete bases militares colombianas por dez anos para realizar operações contra o narcotráfico e o terrorismo.

 

Quando foi assinado, o acordo não recebeu aval do Legislativo porque o governo o considerou apenas a ampliação de outros convênios já existentes com Washington. Ontem, no entanto, a Justiça exigiu que o trato passe pelo crivo do Congresso.

 

A Corte afirmou que sua decisão não afetava outros acordos de cooperação entre Bogotá e Washington, alguns deles vigentes há décadas. "O governo acata as decisões da Corte com todo o respeito", disse Santos.

 

O presidente ainda afirmou que "as consequências do veredicto para a colaboração que temos recebido dos Estados Unidos são mínimas, para não dizer nenhuma, pelo menos no que estamos recebendo até o momento (...) por acordos anteriores."

 

O Plano Colômbia, com o qual os Estados Unidos ajuda o país a combater o narcotráfico e as guerrilhas desde o começo da década, "não vai ser afetado em nada", garantiu Santos.

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"A luta contra o terrorismo não tem trégua e essa decisão da Corte em nada afeta o que temos recebido dos Estados Unidos", declarou o líder colombiano.

 

O presidente disse que o governo analisaria internamente se apresentaria ou não o acordo ao Congresso, e se há outras alternativas disponíveis.

 

O convênio permite a presença de 800 militares americanos e 600 funcionários subcontratados para ações bilaterais contra o narcotráfico e o terrorismo.

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