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Em 2008, Cristina Kirchner multiplicou patrimônio em 160%

Declaração da presidente argentina e seu marido supera os US$ 12 mi; em 6 anos, bens cresceram 572%

Por Reuters
Atualização:

A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, e seu marido e ex-presidente, Néstor Kirchner, multiplicaram seu patrimônio em quase 160% durante o ano de 2008, para US$ 12 milhões de dólares, informaram nesta terça-feira, 14, os jornais locais com base em sua declaração juramentada. Desde que chegaram ao poder, em 2003, o patrimônio dos Kirchner cresceu 572%.

 

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De acordo com os dados publicados, no período de seis anos que estão no poder, o casal Kirchner passou a ter ativos de 6,8 milhões de pesos aos atuais 46 milhões. Com base na cidade da Patagônia de El Calafate, o casal mais poderoso da Argentina administra 12 departamentos, seis casas, quatro locais e seis terrenos; está associado a quatro empresas e tem depósitos bancários de mais de 32 milhões de pesos, divulgou o jornal La Nación.

 

Segundo o La Nación, o salto acompanhou a venda de 16 imóveis - todos na província ao sul de Santa Cruz-, o aumento de seus saldos bancários e a "criação de novas empresas, Hotesur SA e Co Ma SA, com as quais os Kirchner expandiram seus negócios hoteleiros em El Calafate".

 

A informação provém da declaração juramentada anual que funcionários realizam pelo Escritório Anticorrupção, que é de caráter público, mas que deve ser solicitada e tem um tempo de entrega de cerca de 72 horas.

 

A mesma fonte utilizou o jornal Crítica de la Argentina para detalhar que os bens vendidos por eles incluíam um terreno de dois hectares adquirido por 130 mil pesos e logo negociado por 6,3 milhões. De acordo com a reportagem do La Nación, suas rendas anuais em 2008 somaram 16,2 milhões de pesos (4,2 milhões de dólares). A remuneração média anual dos assalariados do setor privado argentino foi de 2.714 pesos (666 dólares) por mês em 2008.

 

Derrotados nas recentes eleições legislativas, os Kirchner buscam recuperar sua liderança nos dois anos e meio restantes de mandato de Cristina Kirchner.

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