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Em entrevista, Tarso evita falar sobre presença das Farc no País

Ministro da Justiça diz que Brasil não irá considerar questões adjetivas que possam 'jogar gasolina na fogueira'

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Por Bianca Lima
Atualização:

O ministro da Justiça, Tarso Genro, em entrevista à Rádio Eldorado, nesta quarta-feira, 5, evitou falar sobre a afirmação do presidente do Equador, Rafael Correa, de que as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) provavelmente mantêm bases no território brasileiro. "Eu não devo me manifestar sobre esse assunto. A curiosidade jornalística é correta, mas não é prudente analisar essa questão neste momento", disse o ministro. Veja também: Equador e Colômbia anunciam acordo para impasse diplomático Uribe vem ao Brasil e negociações avançam, diz Amorim Equador cobra posição da OEA contra Colômbia Colômbia exibe imagens da incursão militar  Dê sua opinião sobre o conflito   Entenda a crise   Histórico dos conflitos armados na região   'É possível que as Farc se desarticulem'   Ouça relato de Expedito Filho, enviado especial ao Equador    A possibilidade de as Farc terem bases no Brasil deve ser analisada dentro do direito internacional, segundo Tarso. "Em primeiro lugar, temos que verificar ou não a sua existência e, em segundo, quais medidas o país soberano deve tomar sobre essas bases, que é o caso agora do Equador", disse o ministro. Segundo ele, o Brasil não irá levar em consideração questões adjetivas, "porque isso só pode jogar gasolina na fogueira". De acordo com Tarso, o objetivo do Brasil é buscar uma solução diplomática para a crise entre Colômbia, Equador e Venezuela e não cabe ao País julgar as partes envolvidas. "O que cabe [ao Brasil] é aplicar as normas do direito internacional e elas não autorizam um ataque ao território de outro país soberano", disse o ministro. A crise diplomática entre os três países teve início depois que o exército colombiano bombardeou no sábado, 1, o acampamento das Farc em território equatoriano e matou o segundo homem na hierarquia da guerrilha, Raúl Reyes. O Equador acusou a Colômbia de realizar uma "violação planejada e premeditada" de sua soberania. Já o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, classificou o ataque de "assassinato covarde, todo friamente preparado".

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