
10 de dezembro de 2009 | 20h28
O relatório de 130 páginas do governo equatoriano diz que as forças norte-americanas então baseadas na cidade de Manta, na costa do Pacífico, ajudaram as tropas colombianas a acharem e atacarem Raúl Reyes, então o número 2 das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).
O ataque de março de 2008, lançado na região de fronteira no Equador chamada Angostura, provocou uma crise diplomática entre Colômbia e Equador. Os dois países só agora estão restabelecendo as relações diplomáticas.
Desde então o Equador pôs fim ao acordo de cooperação em Manta, fazendo Washington assinar um acordo com a Colômbia em outubro que permite que forças norte-americanas lancem operações anti-drogas a partir de sete bases militares colombianas.
"A inteligência estratégica processada na base em Manta foi fundamental para localizar Raúl Reyes", diz o relatório. "O pacto de Manta que visava controlar o tráfico de drogas foi além do seu propósito".
Vários governos de esquerda latino-americanos são contra o novo pacto entre EUA e Colômbia. O presidente venezuelano, Hugo Chávez, adverte que o pacto pode preparar o terreno para uma invasão dos EUA a seu país do território colombiano.
Washington e Bogotá rejeitam a acusação, dizendo que o pacto visa apenas ao combate do comércio de cocaína e de grupos criminosos na Colômbia.
Encontrou algum erro? Entre em contato