12 de agosto de 2010 | 18h46
Santos era ministro da Defesa na época da operação. Ele próprio entregou as informações na semana passada ao seu colega equatoriano, Rafael Correa, como parte das ações do seu governo para recompor as relações entre ambos os países, que estavam rompidas desde março de 2008 por causa da ação militar contra um suposto acampamento da guerrilha Farc no território do Equador.
O governo do Equador vinha exigindo acesso às informações supostamente obtidas pelos militares colombianos em um computador do dirigente guerrilheiro Raúl Reyes, que morreu na operação.
O procurador-geral do Equador, Washington Pesántez, disse a jornalistas que as informações servirão para os processos judiciais relativos ao incidente, que provocou 25 mortes. A procuradoria equatoriana nomeou três peritos para analisar durante 30 dias o disco rígido do computador apreendido.
O Equador rompeu relações com a Colômbia por entender que a operação violou a sua soberania. Santos e outros funcionários do governo colombiano foram citados como réus em processos que correm no Equador. A Justiça local já informou, no entanto, que Santos goza de imunidade por sua qualidade de presidente.
Correa tem dito que espera uma total restauração das relações bilaterais nos próximos seis meses.
(Por Santiago Silva)
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