O ministro da Defesa do Equador, Javier Ponce, disse nesta terça-feira, 11, que o presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, cometerá um erro se não comparecer à reunião da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) em Buenos Aires, na qual os governantes discutirão o polêmico acordo militar entre Colômbia e Estados Unidos. "Se (Uribe) desistir de viajar a Buenos Aires se marginalizará e excluirá de todo o processo de integração. Não quero nem imaginar uma tolice assim", disse.
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A reunião extraordinária foi sugerida na segunda-feira pelo presidente equatoriano, Rafael Correa, que rompeu relações com Uribe, entre outros motivos por causa da proposta que ampliaria a presença militar norte-americana na vizinha Colômbia.
O ministro afirmou que a convocação da cúpula extraordinária da Unasul deixa em dúvida a realização de um encontro de ministros de Defesa e chanceleres que trataria da aliança entre Bogotá e Washington. Por causa dos atritos, Uribe não compareceu a uma reunião da cúpula em Quito na segunda-feira. Apesar da pressão de Venezuela, Bolívia e Equador, os presidentes evitaram uma condenação explícita à aliança militar, que segundo Washington se destina ao combate ao narcotráfico.
Uribe fez recentemente uma viagem a diversos países da região para explicar o acordo, que provou controvérsia na região. O Brasil reconheceu a soberania colombiana para decidir essas questões, mas pediu maiores esclarecimento a Bogotá. Na cúpula de segunda-feira em Quito, a delegação brasileira chegou a propor que os EUA também fossem convidados para um diálogo sobre seu envolvimento militar na Colômbia.