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Equador vai às urnas e expectativa é de vitória fácil de Correa

Por FRANK JACK DANIEL
Atualização:

Gratos pelos programas sociais e a liderança firme de Rafael Correa em seu país, um dos mais pobres da América do Sul, os equatorianos vão às urnas neste domingo na expectativa de que o presidente esquerdista seja reeleito por ampla maioria, apesar da economia enfraquecida. Uma vitória de Correa pode confirmar sua posição de líder mais poderoso dos 30 anos de democracia do Equador e representar mais uma vitória de uma geração de presidentes de esquerda, que governa a maioria dos países da região. Os locais de voto abriram às 7h pelo horário local (9h pelo horário de Brasília) em todo o país de 14 milhões de habitantes, conhecido pelas Ilhas Galápagos, seus povoados andinos e as tribos amazônicas. Uma pesquisa de opinião publicada no domingo apontou vitória de Correa com 49 por cento de apoio, muito à frente dos sete demais concorrentes à Presidência. Correa precisa de mais de 40 por cento dos votos e de uma dianteira de 10 pontos para evitar concorrer com o segundo colocado num segundo turno. "Os equatorianos vão optar entre um passado de saques e injustiça ou um futuro de transformações, muito mais belo", disse Correa, de 46 anos, a milhares de partidários no encerramento de uma campanha eleitoral animada. Correa é frequentador assíduo da igreja, e seu misto de moral católica com política de esquerda vem tendo grande sucesso. Ele prometeu proteger os pobres contra a crise financeira global e tratar as empresas estrangeiras com mão firme. Seus críticos afirmam que ele passa por cima das instituições democráticas do Equador, tendo reescrito a Constituição e formado um novo tribunal que provavelmente será dominado por seus aliados. "Vocês estão abaixando a cabeça para um tirano, e eu não permitirei. Quero devolver a dignidade e o orgulho ao Equador", disse Álvaro Noboa, conhecido como o magnata da banana e terceiro colocado nas pesquisas de intenção de voto, a seguidores no último comício de sua campanha, na quinta-feira. Os equatorianos também vão eleger seus representantes na Assembléia Nacional e nas instâncias regionais e municipais.

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