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Equatorianos fazem passeata em apoio a asilo para Assange

Atualização:

Centenas de equatorianos fizeram na segunda-feira uma passeata em apoio à decisão do governo de conceder asilo político a Julian Assange, fundador do site WikiLeaks, numa saga que pode ajudar o presidente esquerdista Rafael Correa em sua tentativa de reeleição. O governo do Equador ficou indignado com as ameaças britânicas de invasão da embaixada equatoriana em Londres, onde Assange está refugiado para evitar ser extraditado para a Suécia e responder por suspeitas de crimes sexuais. Assange diz que a possível extradição para a Suécia seria parte de uma orquestração para que ele seja posteriormente enviado para os EUA, onde poderia ser julgado por causa da divulgação, em 2010, de milhares de documentos diplomáticos norte-americanos sigilosos pelo site WikiLeaks. O Equador faz parte de um bloco de governos esquerdistas latino-americanos que frequentemente se opõe a Washington e seus aliados. O popular Correa diz que seu atrito com a Grã-Bretanha é uma luta de princípios envolvendo uma pequena nação e uma "potência colonial". "Estamos aqui para apoiar a decisão correta e na hora certa de conceder asilo a Julian Assange, e também para rejeitar a reação hostil da Grã-Bretanha em cooperação com os Estados Unidos", disse a advogada Betty Wanda, de 28 anos, que participava do grupo em frente ao palácio presidencial. Houve também pequenos protestos em frente à embaixada britânica em Quito, e surgiram na cidade várias pichações em apoio a Correa. (Por Eduardo Garcia e José Llangari)

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