14 de janeiro de 2010 | 11h52
Equipes de resgate dos EUA, Europa, China e de países América Latina estão chegando ao Haiti nesta quinta-feira, 14, para ajudar na busca por sobreviventes do terremoto da última terça, que afetou 3 milhões de pessoas e pode ter matado ao menos 30 mil. Muitas vítimas ainda estão presas sob os escombros do tremor, que arrasou Porto Príncipe, a capital do país.
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Militares brasileiros da Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah) começaram a trabalhar nas ruas de Porto Príncipe. Equipes dos EUA, Reino Unido, Canadá, México, China, Venezuela estão a caminho com cães farejadores e especialistas.
De acordo com o comandante militar da Missão, o general brasileiro Floriano Peixoto Vieira, os militares brasileiros ainda não conseguiram chegar às vítimas.
"Nosso primeiro trabalho foi usar a engenharia para desobstruir as principais vias da cidade. Mas ainda não conseguimos chegar para ajudar. Não temos condição de avaliar o número de mortos. Sabemos que é uma quantidade muito elevada", disse o comandante.
O ministro da Defesa, Nelson Jobim, chegou ontem ao país para coordenar a ajuda brasileira às vítimas do terremoto. Após ouvir o relato de comandantes militares brasileiros, Jobim disse que a intenção do governo brasileiro é montar hospitais de campanha para atender os feridos. De acordo com o ministro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recomendou a montagem dos hospitais.
O presidente dos EUA, Barack Obama, anunciou nesta quinta-feira, 14, o envio de 3,5 mil soldados ao Haiti, para ajudar no resgate. Obama enfatizou que o comando militar americano ficará em contato com o brasileiro, com o objetivo de coordenar a ajuda. Os EUA também liberaram US$ 100 milhões para os esforços de reonstrução do país.
Ainda não há sinais de operações organizadas de resgate no Haiti. Os três hospitais principais da capital foram destruídos no tremor.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciou que deve coordenar junto com a ONU e o governo do Haiti o tratamento dos feridos e de doentes após o tremor. A OMS teme que surtos de diarreia e doenças respiratórias possam acontecer nos próximos dias. A falta de água no país também preocupa.
As vítimas do terremoto dormiram nas ruas d e Porto Príncipe com medo de novos tremores. Um homem gritou a repórteres: "Muitas pessoas estão morrendo. Precisamos de ajuda internacional. Não há comida, não há telefone, água... Nada".
Com informações da Reuters, Associated Press e Agência Brasil
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