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Especialistas recomendam sacrifício de hipopótamos de Escobar

Existem ao menos 29 animais dentro e fora da propriedade do traficante morto há 15 anos; três já fugiram

Por Associated Press
Atualização:

Mais de 15 anos após sua morte, o traficante Pablo Escobar voltou a dar dor de cabeça para as autoridades colombianas. Desta vez, porém, o problema não é relacionado ao tráfico de drogas, mas aos mais de 20 hipopótamos que pertenceram a Escobar, morto em 1993. Três deles já fugiram da Fazenda Nápoles, antiga propriedade do traficante na região do Médio Magdalena, noroeste do país, e o latifúndio está ficando pequeno para acolher o restante da manada.

 

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Tudo começou na década de 80, quando Escobar reuniu em sua fazenda numerosas espécies de animais exóticos trazidos para a Colômbia de maneira clandestina. Entre eles, um casal de hipopótamos, que desde então passou a se reproduzir.

 

Sem saber o que fazer com os animais, o Ministério do Meio Ambiente da Colômbia convidou dois especialistas sul-africanos em vida selvagem para analisar a situação na Fazenda Nápoles. Após uma semana, os especialistas entregaram na quinta-feira, 3, uma carta ao governo, na qual recomendam "reduzir a possibilidade de reprodução ou anulá-la, seja com castração ou sacrifício".

 

Outras possibilidades incluem a reclusão dos hipopótamos a um espaço de 70 hectares, o equivalente a cerca de 70 campos de futebol, ou até mesmo o sacrifício dos animais. A justificativa para matar os hipopótamos seria o alto custo para capturá-los - de acordo com os especialistas, para enjaular cada um deles, cerca de US$ 40 mil teriam de ser desembolsados.

 

Com o aval do governo, soldados do Exército mataram em junho Pepe, um dos hipopótamos que fugiram das ruínas do zoológico de Escobar, em 2006. Sua companheira, conhecida como Matilde, e um filhote ainda estão soltos. Os animais são perigosos, pois podem transmitir doenças e atacam animais domésticos.

 

Dentro e fora da propriedade, há pelo menos 29 hipopótamos. "Vimos 28 dentro de Nápoles e um fora da fazenda", afirmou o zoólogo Michael Knight, da Unidade de Parques Sul-africanos. "É difícil fazer uma estimativa precisa, porque muitos dos animais podem estar debaixo da água."

 

A vice-ministra do Meio Ambiente, Claudia Mora, explicou que as recomendações dos especialistas ainda são "preliminares". "As considerações, no entanto, ratificam o perigo representado pelos animais e a necessidade de tomar ações imediatas", disse Claudia.

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