O Partido Unificação Democrática de Honduras (UD, de esquerda) confirmou neste sábado que participará das eleições gerais do dia 29 de novembro, informou seu candidato à Presidência, César Ham.
"A assembleia do partido resolveu esta noite, após um amplodebate e discussão, participar do processo eleitoral para permitir ao povo que tenha representação e defenda seus direitos no Congresso Nacional e nas Prefeituras", disse Ham. Acrescentou que "dessa forma se poderá chegar à Constituinte que o povo reivindica".
Na opinião de Ham, "a Constituinte não só se deve buscar na rua, mas também nos espaços políticos como as Prefeituras e o Congresso Nacional".
Ham, que desde o ano passado manteve uma relação muito estreitacom o agora presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, disse também que a Frente Nacional de Resistência contra o golpe de Estado do dia 28 de junho, "deve respeitar a decisão do UD de participar das eleições".
A Frente de Resistência que esperava que o UD não participasse do pleito e exige a restituição de Zelaya ao poder, advertiu desde outubro que boicotará o processo eleitoral porque é fruto de um golpe de Estado. Zelaya também reiterou esta semana que não reconhecerá as eleições e que as impugnará por considerá-las ilegais.
Na opinião de Ham, "o importante é não perder a perspectiva da estratégia para conseguir a Constituinte", o que Zelaya pretendia através de uma consulta popular, apesar ter uma proibição legal, o que no final lhe custou o cargo por um golpe de Estado.
"A exigência para que Manuel Zelaya seja restituído e a Constituinte nos uniram, nós como UD continuamos apoiando o presidente e no dia 3 de dezembro vamos votar no Congresso para que ele seja restituído ao poder e pelo retorno da ordem constitucional", falou Ham.
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