
09 de agosto de 2011 | 21h43
A manifestação, que segundo seus organizadores contou com a presença de 100.000 pessoas, aconteceu de forma majoritariamente pacífica pelas ruas de Santiago, com cartazes e frases que exigem do governo a gratuidade da educação pública em um conflito que se estende por três meses.
Os protestos deixaram ao menos 273 detidos e 23 policiais feridos, segundo informou o subsecretário do Interior, Rodrigo Ubilla, que acrescentou que os atos de "violência se focalizaram na capital".
Uma escalada de protestos e greves em diversos setores da sociedade levaram a aprovação do presidente de centro-direita a 26 por cento. Segundo analistas, Piñera necessita de uma estratégia que lhe permita sintonizar com a população.
Perto da marcha de terça-feira, jovens com os rostos cobertos incendiaram ao menos dois veículos, quebraram janelas de um edifício e formaram barricadas em alguns pontos da cidade, o que ocasionou choques com a polícia, que utilizou água e gás lacrimogêneo para dissolver os protestos.
"Os universitários e a comissão de professores quiseram marchar mais uma vez. (O governo) lhes deu autorização. Porém, os resultados demonstraram mais uma vez que infelizmente eles não têm o controle das marchas", disse o ministro do Interior, Rodrigo Hinzpeter.
Já os estudantes asseguraram que eles não são responsáveis pelos atos de violência.
Marchas e incidentes similares foram registrados em diversas cidades do país.
(Reportagem de Moisés Avila, com a colaboração de Alexandra Ulmer e Alexis Krell)
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.