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EUA pedem extradição de chefe paramilitar da Colômbia

Ex-líder violou acorde de paz ao organizar, de dentro da prisão, o envio de lotes de cocaína

Atualização:

Os Estados Unidos pediram à Colômbia que extradite um ex-líder paramilitar que violou um acordo de paz ao organizar o envio de lotes de cocaína a partir da prisão, disse o governo colombiano nesta segunda-feira, 27. Carlos Mario Jimenez era um dos líderes milicianos mais poderosos da Colômbia até aderir ao acordo, que ofereceu aos comandantes a redução das penas e a imunidade contra a extradição em troca de confissões e da deposição das armas de seus cerca de 31 mil combatentes. Mas as autoridades dizem que Jimenez continuou promovendo o narcotráfico de dentro da cadeia, e na segunda-feira o chanceler Fernando Araújo afirmou que o governo dos EUA solicitou formalmente a extradição dele. A notícia pode aliviar a pressão sobre o presidente Alvaro Uribe, um conservador aliado da Casa Branca, mas criticado em Washington por supostamente não ter conseguido coibir a influência dos ex-comandantes das milícias de ultradireita - o que leva vários democratas a defenderem restrições na ajuda militar à Colômbia. Caso a Suprema Corte autorize a extradição e Uribe aceite, Jimenez seria julgado por narcotráfico nos EUA.

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