O presidente da Bolívia, Evo Morales, defendeu neste sábado, 25, a decisão de seu governo de reforçar com 1.500 militares as fronteiras com Brasil e Paraguai para "garantir a segurança do país" e desmentiu que queira "militarizar" a zona como disse ter ouvido de algumas autoridades.
"É constitucional que as Forças Armadas estejam em toda Bolívia e é obrigação do governo nacional garantir a segurança e a integridade do país", afirmou Evo em declarações à imprensa na cidade de Cochabamba.
O Executivo boliviano justificou este reforço nos postos militares nas zonas fronteiriças com Brasil e Paraguai no departamento de Santa Cruz (leste) pelo aumento no "tráfico de drogas, armas e inclusive de órgãos e pessoas".
No entanto, a oposição qualificou o movimento de tropas como uma "militarização" e "uma nova agressão do governo aos departamentos" do leste boliviano, como afirmou o presidente do Senado, o opositor Óscar Ortiz. O presidente da Bolívia, por sua vez, assegurou que quem é contra ou tem medo das Forças Armadas "são contrabandistas, narcotraficantes ou separatistas".