18 de julho de 2008 | 19h55
Em um ato de reconciliação nacional, um grupo de desmobilizados das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) pediu perdão publicamente na prisão bogotana de La Picota a uma representação de policiais e militares vítimas das minas terrestres antipessoais. Veja também:Farc seqüestram nove pessoas no oeste da ColômbiaPor dentro das Farc Histórico dos conflitos armados na região O ato foi promovido pelos 700 presos integrantes do movimento Manos por la Paz, formado por ex-guerrilheiros que apóiam a reconciliação nacional, e Tejido Humano, organização de serviço a incapacitados, viúvas e órfãos da Polícia, jovens desvinculados da violência e civis vítimas de minas terrestres antipessoais. Com o gesto, os ex-guerrilheiros cumprem uma das exigências para se integrar no marco da Lei de Justiça e Paz, uma norma que concede benefícios penitenciários e econômicos aos membros de grupos ilegais que deponham as armas e colaborem com o Estado. O encontro aconteceu no pavilhão de máxima segurança do presídio de La Picota e os ex-combatentes, após entoar uma canção escrita por eles mesmos, pediram perdão individualmente às vítimas e parentes de desabrigados que se encontravam no local. Raúl Agudelo, conhecido como "Olivo Saldaña" e porta-voz dos desmobilizados, fez um apelo ao Secretariado (principal órgão) das Farc e disse que o "anel nacional do povo colombiano é a liberdade dos reféns". Ele também pediu a "liberdade incondicional de todos os seqüestrados." O ex-guerrilheiro acredita que as Farc continuam representando um perigo real. As vítimas e os familiares das vítimas presentes afirmaram perdoar os ex-rebeldes, que cometeram decisões "equivocadas."
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