SANTIAGO- Os familiares de 27 dos 33 mineiros presos em uma mina no norte do Chile apresentarão um pedido de indenização de US$ 27 milhões a empresa San Esteban, dona do local que desabou em 5 de agosto, deixando os trabalhadores soterrados a 700 metros de profundidade.
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Segundo informaram fontes oficiais nesta quarta-feira, 29, a iniciativa será entregue à Corte de Apelações de Copiapó, cidade mais próxima da mina, e tem como objetivo "que cada trabalhador afetado receba como indenização US$ 1 milhão".
Segundo Brunilda González, prefeita de La Caldera, o pedido de indenização também deve envolver funcionários do Estado que permitiram a reabertura da mina San José, e o próprio Estado do Chile.
"A Justiça determinará como será repartido, quem paga e quem é responsável", acrescentou Brunilda.
Estima-se que o resgate dos mineiros ocorra nos últimos dias do mês de outubro, segundo especialistas que trabalham no local.
Nesta quarta, as autoridades divulgaram um novo vídeo dos mineiros, que cooperam desde o fundo da mina no chamado "Plano B", limpando os restos do material que caem com a perfuração da máquina T-130.
Os trabalhadores recolhem os restos de rocha, barro e água resultantes dos trabalhos de perfuração.
O engenheiro chefe do resgate, André Sougarret, explicou em declarações à Rádio Cooperativa que eles trabalham organizados em três turnos de 11 pessoas e retiram cerca de oito toneladas de material por dia.
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