28 de dezembro de 2009 | 12h35
As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) alertaram para a existência de um suposto plano de desestabilização do governo do presidente do Equador, Rafael Correa, por parte de paramilitares colombianos infiltrados.
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A suposta trama foi denunciada pela frente 48 das Farc em comunicado divulgado nesta segunda-feira, 28, na internet pela Agência de Notícias Nova Colômbia (Anncol), próxima à organização insurgente.
O reduto insurgente atua na fronteira sul da Colômbia com o Equador e era o responsável pela segurança de Raúl Reyes, segundo no comando das Farc e seu porta-voz internacional.
Reyes morreu no bombardeio colombiano de março de 2008 contra seu acampamento nas selvas do norte equatoriano, ataque que gerou a crise diplomática que Quito e Bogotá começaram a superar em setembro passado.
Em uma chamada às comunidades fronteiriças, as Farc pediram uma maior colaboração e a criação de um "inquebrável muro humano" na região. Este "muro" serviria para evitar "a entrada no Equador de elementos paramilitares com fins desestabilizadores, obedecendo aos planos de desintegração latino-americanos do 'Império gringo', através do 'Caim' da América, Álvaro Uribe Vélez (o presidente colombiano)", segundo a nota rebelde.
Na mensagem, a mesma facção insurgente prometeu aos equatorianos que continuará denunciando ao mundo "a agressão e provocação permanente do Exército colombiano na zona fronteiriça e suas incursões em território da república irmã".
São ações que acontecem sob as "ordens do Pentágono e dos planos expansionistas de Washington, que pretendem achatar a soberania de nossas nações", acrescentou a frente das Farc. Os rebeldes também asseguraram que oficiais colombianos destacados na fronteira se referem a seus colegas do Equador em "tom arrogante e depreciativo".
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