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Farc pedem que Cúpula das Américas ajude conflito colombiano

Em comunicado, guerrilha diz que países participantes devem auxiliar na 'concretização de acordo humanitário'

Por Efe
Atualização:

As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) pediram hoje aos presidentes que participarão da 5ª Cúpula das Américas que ajudem a buscar um caminho que leve "à superação do conflito colombiano" e "à concretização de um acordo humanitário". Em comunicado publicado no site da "Agencia de Noticias Nueva Colombia" ("ANNCOL"), as Farc também pedem aos líderes dos países que participarão da cúpula que trabalhem "para proteger a população civil dos efeitos do confronto militar" e solicitam medidas para possibilitar a troca de guerrilheiros presos por reféns.

 

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Na nota, assinada pelo Secretariado do Estado-Maior Central das Farc-EP e datado "das montanhas da Colômbia" em 15 de abril de 2009, a guerrilha defende ainda o fim do embargo a Cuba. "Fazemos votos para que ocorram avanços significativos que terminem definitivamente com o infame bloqueio à República de Cuba, por conquistas nos termos da troca privilegiando os mais fracos", afirmam os guerrilheiros.

 

Além disso, o grupo pede "avanços na luta contra o narcotráfico, entendendo o tema da droga mais como um fenômeno social e de saúde pública que policial, assim como medidas concretas que protejam a biodiversidade e o clima". Com o título "Saudação das Farc à 5ª Cúpula das Américas", a guerrilha emitiu o comunicado às vésperas da reunião de presidentes, que será o primeiro encontro formal entre o americano Barack Obama e os líderes da América Latina.

 

"Cumprimentamos a 5ª Cúpula das Américas com a esperança de que os novos ventos que pregam a solução diplomática de diversos conflitos cheguem a esta parte do mundo", afirma o comunicado. De acordo com as Farc, "o conflito social e armado que castiga a Colômbia há mais de 60 anos e que afeta a convivência continental tem raízes na secular dependência colombiana da metrópole, na ganância dos fazendeiros, nos abismos sociais."

 

Na carta, as Farc asseguram que a Colômbia é um caso da América Latina "onde a oligarquia fez da eliminação física dos opositores uma vergonhosa e permanente ferramenta para se perpetuar no poder."

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