Reuters
BOGOTÁ- A maior guerrilha esquerdista da Colômbia planeja sabotar as eleições presidenciais na Colômbia, agendadas para 30 de maio, disfarçando-se de soldados e policiais para fazer ataques no sul do país, denunciou nesta segunda-feira, 3, o ministro de Defesa colombiano, Gabriel Silva.
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As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) historicamente intensificam seus ataques antes e durante as eleições, como parte de uma estratégia para demonstrar poder militar, assim como para conseguir protagonismo e poder de negociação junto ao novo governo, segundo analistas.
"Detectamos um esforço do grupo narcoterrorista das Farc para realizar ações terroristas utilizando a modalidade do disfarce, disfarçando terroristas de policiais", disse Silva a jornalistas.
"Pedimos à sociedade que fique alerta", afirmou o ministro, que revelou que os planos foram detectados nos departamentos (estados) de Huila e Caquetá onde opera a coluna móvel Teófilo Forero.
Essa estrutura militar das Farc sequestrou e assassinou em dezembro o governador do departamento de Caquetá, Luis Francisco Cuellar.
Anteriormente, o grupo já sequestrou pessoas, incluindo 12 deputados da assembleia do departamento do Valle del Cauca.
Os ataques na Colômbia se produzem em meio ao conflito interno de mais de 45 anos no qual as Farc combatem as Forças Armadas, para assumir o poder pela via armada e estabelecer um sistema socialistas no país.
Os colombianos irão às urnas no fim de maio para eleger o sucessor de Álvaro Uribe, que desde que chegou à presidência em 2002, desenvolveu com o apoio dos Estados Unidos uma ofensiva sem antecedentes contra o grupo guerrilheiro.
Nove candidatos estão inscritos para os comícios, mas as maiores intenções de votos são registradas para o candidato independente Antanas Mockus e o governista Juan Manuel Santos.