Fariñas está em estado grave após ter passado por cirurgia de emergência

Dissidente cubano que fez 4 meses de greve de fome foi operado para tirar cálculos da vesícula

PUBLICIDADE

Por Efe
Atualização:

HAVANA- O dissidente cubano Guillermo Fariñas, que passou mais de quatro meses em greve de fome para reivindicar a liberdade dos presos políticos doentes, está em estado grave, mas estável, após ter passado por uma cirurgia de emergência neste sexta-feira, 3, para tirar vários cálculos da vesícula, informou à agência Efe uma fonte da família.

 

PUBLICIDADE

"Guillermo foi operado às pressas da vesícula porque ela estava cheia de cálculos, o que havia provocado várias crises. Mas hoje (ontem) teve vômitos, fortes dores no abdômen e muita inflamação", explicou sua irmã Raisa Fariñas por telefone da cidade de Santa Clara, onde vivem o dissidente e sua família.

 

Após o processo pós-operatório, Fariñas foi levado à unidade de terapia intensiva (UTI) do mesmo hospital onde passou a maior parte de sua última greve de fome e de sede.

 

Sua irmã disse que, depois que saiu do hospital, o opositor tinha apresentado pelo menos duas crises na vesícula, mas "os médicos recearam operá-lo porque ele estava recebendo um tratamento com anticoagulantes" para a trombose que contraiu durante a greve.

 

Guillermo Fariñas iniciou greve de fome em 24 de fevereiro, após a morte do opositor preso Orlando Zapata Tamayo - por causa justamente de uma greve de fome, de 85 dias - para exigir a libertação dos presos mais doentes.

 

Psicólogo e jornalista, Fariñas encerrou o jejum em 8 de julho, depois de o governo cubano anunciar seu compromisso de libertar 52 dissidentes do Grupo dos 75, condenados em 2003. Até o momento, são 28 os presos políticos desse grupo já libertados.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.