Fidel chama educação nos Estados Unidos de 'deformada' e 'prostituída'

Segundo pesquisa, universitários dos EUA acham que Beethoven é um cachorro e Michelangelo, um vírus de computador

PUBLICIDADE

Atualização:

HAVANA- O líder cubano Fidel Castro qualificou nesta quinta-feira, 19, de "deformada" e "prostituída" a educação nos Estados Unidos, em um novo artigo de sua série "Reflexões" divulgado nesta quinta-feira no site oficial Cubadebate.

 

PUBLICIDADE

Fidel faz referência a um estudo publicado pela Universidade de Beloit (Wisconsin, EUA), que afirma, entre outras considerações, que os jovens que devem se formar em universidades americanas em 2014 não usam relógio porque consultam a hora em seus telefones celulares, acham que Beethoven é um cachorro e Michelangelo um vírus de computador.

 

"Dá um frio na barriga quando se vê até que ponto a educação pode ser deformada e prostituída, em um país que conta com mais de 8 mil armas nucleares e os mais poderosos meios de guerra no mundo", acusa o líder cubano em sua nova coluna intitulada "Por acaso exagero?".

 

"E pensar que ainda há pessoas capazes de dizer que minhas advertências são exageradas!", acrescenta Fidel, que completou 84 anos no dia 13 de agosto.

 

O comandante reapareceu em público no começo de julho após quatro anos de reclusão por causa de uma grave doença que em 2006 o obrigou a delegar a presidência de a seu irmão Raúl, que foi ratificado no cargo em fevereiro de 2008.

 

Desde seu retorno, o tema recorrente de suas aparições públicas, intervenções e colunas foi advertir sobre a iminência de uma guerra nuclear desencadeada por um eventual ataque dos Estados Unidos ao Irã.

 

Fidel também propôs uma espécie de mobilização internacional para tentar convencer o presidente americano, Barack Obama, a não entrar em guerra com o Irã e evitar assim um desastre atômico que, na sua opinião, ameaça o planeta.

Publicidade

 

Apesar de ter deixado a presidência, o líder continua sendo o primeiro-secretário do governante Partido Comunista de Cuba, o único oficial da ilha.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.