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Fitch corta rating da Argentina para perto de nível de default

Atualização:

A Fitch Ratings rebaixou na terça-feira o rating de crédito soberano da Argentina de "B" para "CC", um corte de cinco graus que reflete avaliação da agência de "provável" default do país depois que um juiz dos Estados Unidos ordenou pagamento a credores de dívida descumprida no histórico calote de 2002. "A elevada probabilidade de que a Argentina não irá pagar oportunadamente sua dívida reestruturada emitida sob a lei de Nova York" se deve à ordem do juiz de corte distrital dos EUA Thomas Griesa para a Argentina pagar investidores que não entraram na troca em simultâneo àqueles que participaram de duas reestruturações de dívida anteriores. Temendo que a Argentina desobedecerá sua ordem, Griesa quer que 1,33 bilhão de dólares seja depositado em uma conta em custódia nos EUA até 15 de dezembro para garantir o pagamento se todos as apelações tentando reverter ou bloquear suas decisões falharem. Os investidores que não entraram na troca de dívida querem recuperar o valor total dos títulos que a Argentina deixou de pagar em 2002, dando início a uma batalha com o governo do país, que os considera como "fundos abutres" e se recusa a pagá-los. A Fitch definiu em negativa a perspectiva sobre a nota de crédito da Argentina, que está a dois pontos do nível de default. A Argentina afirmou anteriormente que não pagará os investidores que recusaram a troca, liderados por Elliott Management Corp, NML Capital Ltd e Aurelius Capital Management.

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