
22 de setembro de 2007 | 01h32
O ex-presidente peruano Alberto Fujimori permanece na noite desta sexta-feira, 21, na sua casa em Chicureo, nos arredores de Santiago, enquanto prossegue o suspense em torno de sua partida rumo ao Peru, após ser extraditado pela Corte Suprema do Chile, segundo seus advogados. As autoridades policiais do Chile não comentaram a informação de que o ex-governante vai viajar num avião da Polícia Nacional peruana. O avião saiu nesta sexta-feira, 21, à noite de Tacna, no sul do Peru, rumo a Santiago, para buscar Fujimori. Consultados pela Efe, funcionários da base aérea de Antofagasta, onde segundo as autoridades peruanas o vôo faria uma escala técnica, afirmaram que não tinham recebido informação alguma. A Polícia chilena informou originalmente que Fujimori seria levado de helicóptero ao aeroporto de Santiago. Depois, viajaria num avião das forças de segurança até a cidade de Arica, na fronteira do Peru, onde seria entregue aos agentes peruanos. Às 19h (20h de Brasília) desta sexta-feira, o helicóptero que devia transportar Fujimori decolou de Chicureo. Mas instantes depois a Polícia disse aos jornalistas que o ex-governante não estava a bordo. Francisco Veloso, um dos advogados de Fujimori no Chile, confirmou aos repórteres que ele continuava em sua casa. A expectativa também continua no aeroporto de Santiago e no Grupo 10 da Força Aérea, de onde poderia decolar o avião que levaria Fujimori a Arica, 2.051 quilômetros ao norte da capital. O encarregado de comunicações da Polícia, Jaime Méndez, disse que o plano de tirar Fujimori de Chicureo usando um helicóptero se mantém. Ele explicou que o vôo desta noite foi "para fazer um reconhecimento técnico, já que não há uma área de aterrissagem apropriada no local", referindo-se à casa de Fujimori. "A luminosidade não é adequada", ressaltou. Segundo a imprensa peruana, a delegação que partiu do Peru deve retornar com Fujimori na tarde deste sábado. O ex-presidente peruano, segundo a decisão da Corte Suprema do Chile, será processado em seu país por violações dos direitos humanos e corrupção.
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