07 de junho de 2014 | 13h55
Em um comunicado conjunto emitido sábado, em Havana, ambas as partes concordaram em 10 eixos que nortearão a discussão das vítimas de meio século de violência, o quarta das seis pontos das conversas mantidas ao longo de um ano e meio em Cuba.
"Qualquer discussão sobre este ponto deve partir do reconhecimento de responsabilidade para com as vítimas do conflito", disse o texto. "Nós não vamos trocar a impunidade".
A admissão de responsabilidade pelas Farc poderiam ajudar o presidente Juan Manuel Santos, que apostou sua reeleição pelo processo de paz, mas está empatado com seu rival de direita Oscar Iván Zuluaga. O pleito será no dia 15 de junho.
O futuro do diálogo com as Farc depende do resultado do segundo turno. Zuluaga tem dito que se ganhar imporá condições para continuar as negociações.
"O que estamos anunciando hoje é um passo histórico", disse a jornalistas, em Havana, o negociador chefe do governo colombiano, o ex-vice-presidente Humberto de La Calle.
O conflito de meio século entre as forças do governo, guerrilheiros e paramilitares deixou mais de 200 mil mortos e milhões de desalojados na Colômbia.
As delegações não especificara, a data em que o diálogo será retomado em Havana.
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