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Governo da Colômbia diz ter matado importante líder das Farc

Ofensiva em janeiro matou líder de atividades relacionadas ao tráfico e causou evasão nas tropas das Farc

Atualização:

Um importante chefe das Farc, encarregado das operações de narcotráfico do grupo guerrilheiro, foi um dos 12 rebeldes mortos em janeiro em um ataque das Forças Militares em uma região de floresta no sul do país, informou nesta quinta-feira, 25, o governo colombiano. O Ministério da Defesa disse que exames de DNA comprovaram que Angel Gabriel Lozada, conhecido como "Edgar Tovar", chefe da frente 48 das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), morreu na operação militar de 20 de janeiro no departamento de Putumayo, na fronteira com o Equador. O comandante guerrilheiro, próximo ao falecido Raúl Reyes, havia assumido a coordenação das atividades de produção e tráfico de cocaína do grupo rebelde, em substituição a Tomás Medina Caracas, conhecido como "El Negro Acacio", morto em bombardeio em 2007. O ministro da Defesa, Gabriel Silva, classificou a morte de Lozada como "um golpe no coração das operações das Farc". O grupo rebelde, considerado pelos Estados Unidos e União Europeia como uma organização terrorista, é acusado pelo governo colombiano de obter milionários recursos vindos do narcotráfico. Depois do ataque, autoridades militares interceptaram várias ligações por rádio nas quais os guerrilheiros conversavam em códigos sobre a morte do líder rebelde, mas o Ministério da Defesa confirmou sua morte apenas após a realização de provas científicas. A morte do líder ocorreu em meio a uma ofensiva das Forças Militares contra as Farc, organizada pelo presidente Alvaro Uribe desde que assumiu o poder em 2002 , com apoio dos Estados Unidos. Na ofensiva foram mortos importantes guerrilheiros, como Reyes, enquanto milhares de combatentes deixaram o grupo, o que reduziu a capacidade militar das Farc, que passou de 17.000 homens para 9.000, segundo fontes de segurança. (Reportagem de Luis Jaime Acosta)

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