Governo da Colômbia e ELN decidem retomar negociações de paz

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O governo da Colômbia e o segundo maior grupo guerrilheiro do país, o Exército de Libertação Nacional (ELN), concordaram em retomar as negociações depois da reunião com o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, afirmaram os rebeldes. A participação de Chávez deu nova vida às tentativas de intermediação entre o governo e os dois principais grupos rebeldes da Colômbia. Com a autorização de Bogotá, o líder venezuelano reuniu-se este mês com representantes das duas organizações em Caracas. A tentativa de negociação com o ELN que estava acontecendo em Cuba, este ano, fracassou. "Temos uma reunião marcada, provavelmente na segunda metade de dezembro. Vamos avaliar o quanto avançamos, os obstáculos, e repensar novas medidas que vamos tomar", disse Antonio García, representante da ELN, ao jornal El Tiempo. "A intervenção do presidente Chávez ... dá um novo nível de seriedade. É um chefe de Estado consciente do processo, disposto a contribuir na busca de alternativas." Iniciado por padres e estudantes nos anos 1960, de inspiração cubana, o ELN vem sendo combatido pelo governo de Alvaro Uribe dentro da campanha anti-rebelde, que conta com forte apoio dos Estados Unidos. Com a ajuda dos bilhões de dólares norte-americanos, Uribe conseguiu reduzir a violência e os ataques, de forma a atrair mais investimentos estrangeiros para a Colômbia. Mas os grupos armados ainda estão ativos em áreas rurais. Chávez, inimigo dos Estados Unidos, também está tentando mediar as negociações pela libertação de reféns pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), o maior grupo rebelde colombiano. Representantes das Farc reuniram-se com Chávez em Caracas para discutir um acordo pela libertação dos sequestrados, entre eles a política Ingrid Betancourt, que foi capturada pelas Farc em 2003, quando era candidata à Presidência da Colômbia. (Reportagem de Patrick Markey)

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