CIDADO DO MÉXICO- Ainda sob a comoção pela morte de um candidato a governador, a Secretaria de Governo do México anunciou nesta quarta-feira, 30, que trabalha para reforçar a segurança nos 14 estados que realizarão eleições no domingo.
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Em entrevista coletiva, o subsecretário de Governo, Roberto Gil, declarou que vários corpos de segurança, incluindo as Forças Armadas, estão se esforçando para garantir sobretudo o acesso às urnas. No domingo, 12 estados realizarão eleições para governadores, prefeitos e deputados, e outros dois só para prefeitos e deputados.
Nos últimos meses, vários políticos foram vítimas da violência no México. Na segunda-feira foi a vez de Rodolfo Torre Cantù, favorito ao governo de Tamaulipas, assassinado a tiros juntamente com cinco acompanhantes em uma emboscada. Torre era membro do oposicionista Partido Revolucionário Institucional (PRI), o político de mais alto escalão morto no México nos últimos 16 anos e o mais importante a ser assassinado às vésperas da eleição de domingo.
Roberto Gil comentou que o governo federal já atendeu a vários políticos que pediram reforços na segurança particular, mas manteve os nomes em segredo. O governo federal está trabalhando com todos os estados. Baixa Califórnia, Quintana Roo, Zacatecas e Veracruz, porém, foram os únicos que já concretizaram o convênio de colaboração.
As eleições regionais são consideradas um termômetro da popularidade do presidente Felipe Calderón e uma prévia da corrida presidencial de 2012, na qual o PRI tentará retomar o poder, que está nas mãos do Partido Ação Nacional (PAN), do atual presidente, desde 2000.
Ao assumir, Calderón endureceu a guerra contra o narcotráfico e enviou 45 mil soldados para os estados onde a situação era mais crítica. Desde então, cerca de 25 mil pessoas morreram em confrontos entre forças de segurança e traficantes e a violência só aumentou. Para a maioria dos mexicanos, o governo está perdendo a luta contra os cartéis.