O governo golpista de Honduras liderado pelo presidente interino Roberto Micheletti enviou para Washington na segunda-feira, 20, um grupo de lobistas para demover a administração do presidente americano, Barack Obama, de sua ameaça de impor sanções ao país. O grupo enviado incluía um líder trabalhista cristão democrata e um professor universitário de Direito que é de um partido opositor.
"Eu imagino que haverá alguma reação da parte deles" às sanções comerciais, disse na segunda-feira Amilcar Bulnes, presidente do Conselho Hondurenho de Negócios Privados.
As linhas de hondurenhas são voltadas principalmente para a exportação e são dominadas por empresas e investidores americanos. As sanções desestabilizariam o sistema econômico de Honduras, caso fossem impostas a partir dos EUA.
Os adversários do presidente deposto, Manuel Zelaya, esperam que Obama não tenha tempo nem energia para o assunto já que tem de lidar com problemas como a nova reforma do sistema de saúde dos Estados Unidos e com a crise econômica mundial.
O grupo de lobistas foi enviado aos Estados Unidos no momento em que Washington aumenta sua pressão sobre o governo de Micheletti ao advertir que Honduras pode enfrentar fortes sanções econômicas se Zelaya não voltar à presidência do país.