23 de julho de 2009 | 02h59
A comissão de diálogo do novo presidente de Honduras, Roberto Micheletti, para o chefe de Estado da Costa Rica, Óscar Arias, mediador da crise política hondurenha, declarou, no fim da noite de quarta-feira, 22, que "Honduras segue aberta ao diálogo".
"Não queremos anistia, queremos a verdade", afirmou Arturo Corrales, um dos membros da comissão de Micheletti, que retornou hoje à noite da Costa Rica, onde os enviados do presidente deposto Manuel Zelaya consideraram como "fracassado" o diálogo com Arias.
O novo ministro das Relações Exteriores hondurenho, Carlos López, que também faz parte da comissão de Micheletti, disse que a restituição de Zelaya, proposta novamente por Arias, está fora das mãos do poder Executivo, "porque em Honduras existe uma separação de poderes".
López acrescentou que a iniciativa de Arias apresentada hoje em San José - capital da Costa Rica - às comissões de Zelaya e Micheletti será entregue aos três poderes de Honduras, para que determinem se o diálogo continua.
Para o ministro, aceitar o retorno de Zelaya como presidente seria "transgredir" a lei, algo que o líder deposto teria feito e pelo que foi acusado. Já Rixi Moncada, ex-ministra de Energia de Honduras e integrante da comissão de Zelaya no processo de diálogo, disse hoje que "o processo de San José fracassou pela intransigência do Governo golpista (de Micheletti)", o qual condenou e acusou pela "repressão" vivida em Honduras.
Segundo a proposta de Arias, Zelaya deveria retornar ao país na próxima sexta-feira.
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